Orpheu Nº1
Orpheu Nº1
Revista Trimestral de Literatura
Book Excerpt
p>*ANGULO*
Aonde irei neste sem-fim perdido,
Neste mar ôco de certezas mortas?--
Fingidas, afinal, todas as portas
Que no dique julguei ter construido...
--Barcaças dos meus impetos tigrados,
Que oceano vos dormiram de Segrêdo?
Partiste-vos, transportes encantados,
De embate, em alma ao rôxo, a que rochêdo?...
--Ó nau de festa, ó ruiva de aventura
Onde, em Champanhe, a minha ansia ia,
Quebraste-vos tambem ou, por ventura,
Fundeaste a Ouro em portos d'alquimia?...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Chegaram á baía os galeões
Com as séte Princesas que morreram.
Regatas de luar não se correram...
As bandeiras velaram-se, orações...
Detive-me na ponte, debruçado,
Mas a ponte era falsa--e derradeira.
Segui no cais. O cais era abaulado
FREE EBOOKS AND DEALS
(view all)Popular books in Poetry, Periodical, Fiction and Literature
Readers reviews
0.0
LoginSign up
Be the first to review this book